A previsão era de que o avião pousasse na capital cearense às 9h, mas o voo atrasou e chegou pouco depois das 11h
Um novo voo trazendo 127 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou a Fortaleza na manhã deste sábado (15). Este é o quarto grupo que retorna ao País desde o início da gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca, sendo o terceiro a chegar pela Capital cearense.
A previsão era de que o avião pousasse na capital cearense às 9h, mas o voo atrasou e chegou pouco depois das 11h.
A perspectiva é que parte dos repatriados siga para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), em Confins, com previsão de chegada às 15h. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) foi designado para fazer o deslocamento dos deportados entre as capitais.
A secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, estava na recepção de brasileiros deportados no Aeroporto de Fortaleza. Segundo ela, ainda não há informações precisas sobre a origem dos 127 deportados que chegam.
É necessário aguardar o desembarque para confirmar se há pessoas provenientes do Norte ou Nordeste, mas a maioria dos deportados é originária de Minas Gerais, da cidade de Governador Valadares.
“O Governo do Ceará, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos, tem providenciado que eles cheguem aqui totalmente livres, sem algemas. No entanto, como sempre digo, chegam emocionalmente fragilizados”, disse.
Ela acrescentou que, quando chegam, alguns deportados se ajoelham, outros beijam o chão, outros agradecem a Deus por terem retornado à sua terra.
Acolhimento no Ceará
Conforme França, o governo estadual fornece aos deportados kits de higiene pessoal e alimentação, compostos por itens como escova e pasta de dente, sabonete, sanduíche, suco e frutas higienizadas (maçã, tangerina e banana).
Além disso, profissionais como psicólogos e assistentes sociais estão à disposição para oferecer suporte inicial e acolhimento. No local, o chefe da Defensoria Pública da União (DPU), Carlos Paz, também aguardava os cidadãos brasileiros.
Segundo ele, equipe da DPU, em conjunto com outras instituições, realiza um atendimento ágil e eficiente, dada a limitação de tempo no saguão reservado. O trabalho consiste em avaliar as necessidades dos deportados, identificando suas demandas e vulnerabilidades, que frequentemente chegam desorientados e apreensivos.
Em seguida, a DPU realiza o encaminhamento adequado, direcionando os deportados para as unidades da DPU em todo o Brasil, considerando seus destinos e necessidades específicas. Além disso, a equipe oferece orientação jurídica, esclarecendo dúvidas sobre direitos e procedimentos legais, incluindo questões de documentação e incidentes penais.
A DPU também presta suporte logístico, auxiliando com questões de viagens e outras necessidades imediatas.